sábado, dezembro 29, 2007

big bye bye

Just another hiatus.
See ya.

domingo, dezembro 23, 2007

the good wife

Ontem fui a boa esposa. Prometi não beber mais que os amigos dele e não ser grosseira com as esposas de borracha deles. Fui simpática. Sentei no chão para conversar, puxei assunto, prendi a cachorra e fui gentil. Não torci o nariz. Foi bom.

Esperei eles irem embora para catar os pedaços, dar banho, vestir a roupa enquanto ele corria pelado. Arrumei a cozinha. Ouvi blues. Terminei a cerveja e preparei os remédios para a ressaca. Coloquei até a garrafa de água ao seu lado. Foi bom.

Fui a boa esposa.
Fiquei feliz.

sexta-feira, dezembro 21, 2007

the bigger the tree...

Sempre que o meu irmão leva/dá um pé na bunda ele vai embora deixando muitas coisas. Às vezes eu sinto falta das mulheres dele, noutras comemoro com champagne. Mas na realidade quem sempre sai ganhando sou eu, não importando a alegria ou a tristeza que é deixada. Ano passado eu ganhei a Frida, esse ano acabo de ganhar isso:




Só que eu ainda não estou certa se gostei ou não.
Ainda estou um tanto paralisada/chocada com o tamanho da coisa e me perguntando porque ele precisa ser megalomaníaco até no tamanho da árvore de natal. Quando eu aceitei pelo telefone não fazia idéia do tamanho. E fiquei triste ao imaginar uma árvore de natal novinha jogada no lixo. Ia ser poético, mas não resisti. Agora sempre que encontro e literalmente esbarro com ela sempre que me locomovo pela casa temo que esquilos saiam de dentro dela e me ataquem.

Terei pesadelos esta noite e terei medo de ir ao banheiro.

mudei de novo

E lá vamos nós.

Henry Miller - Trópico de Câncer.

"Bom, vou juntar essas páginas e me mudar. As coisas acontecerão em outro lugar. Sempre acontecem. Parece que para onde quer que eu vá, tem drama. As pessoas são como piolhos, entram na sua pele e grudam. A gente se coça até sangrar, mas nunca está totalmente despiolhado. Em todo canto aonde vou, as pessoas estão criando uma confusão. Cada um tem a sua tragédia pessoal. Está no sangue agora: a infelicidade, o tédio, a aflição, o suicídio. O ambiente está cheio de problemas, frustração, futilidade. Coce sem parar até não sobrar mais pele. Mas o efeito em mim é hilariante. Em vez de desanimar ou ficar deprimido, eu gosto. Cada vez choro por mais problemas, por calamidades ainda maiores, por fracassos ainda maiores. Quero que o mundo inteiro se arrebente, quero que todos se cocem até morrer".
Ando tendo sonhos estranhos, dores estranhas e vontades esquisitas. Ando dormindo a tarde inteira e a noite também e lendo livros diferentes e com a sensação de que algo larger than life se aproxima. Não sei o que é, mas gosto assim.

quinta-feira, dezembro 20, 2007

all we need is love

Sagitarianos são tortos. Sagitarianos, eu não gosto deles. Sagitarianos são meio estúpidos e sagitarianos são meio malucos. Nascemos pequenos ditadores que não aceitam podas nas asas.
Eu não acredito em nenhuma dessas baboseiras.
Mas no meu mundo de sagitarianos há apenas um que eu amo. Mas ele é um falso sagitariano. Sempre lhe digo.

E é impossível falar dele. É impossível porque eu não sei explicar. É nosso. Somos nós. É a nossa freqüência. Sou eu e é você. Está no nosso travesseiro. Esta nos nossos genes. Somos nós. Está na água que bebemos. It’s the special way we fuck.

Eu nunca acreditei.
Achava medíocre, triste e absolutamente impossível.
Agora uso vestidos de verão e procuro sua aprovação a cada passo que tomo.
Você veio e mostrou que não.
Colou as veias. As artérias voltaram a pulsar. Eu virei eu. Apenas para te dar tudo o que era meu. Você juntou os cacos, fez os remendos e deixou tudo bonito.

Eu parei de plantar musgos e caramujos.
Somos nós.
Está na obsessão de contar os teus cílios quando você não está olhando.
Esta na tua mão,
Na minha.

segunda-feira, dezembro 17, 2007

TODAY

Acordei sem vontade de acordar.
Queimei os dedos todos na panela fervendo. Rapaz como isso dói. Arde.
Matei uma barata que estrebuchava no chão da cozinha. Ouvi o estalido rompendo a carapuça dura, sai de cima. Limpei o mijo da cachorra e a coloquei de castigo no quintal. Pensei em não ir trabalhar, mas já havia perdido o sono.
Cheguei atrasada e ruminei. Ouvi o estalido da minha carapuça dura se rompendo e continuei.
Meio dia eu estava de volta.
Havia comprado cigarros, cerveja, colocado uma roupa para lavar, assistido a um filme e lido algumas páginas de um livro.
Arrastei correntes pela casa esperando ele chegar e me dar um sentido.
Esse é um dia como outro qualquer.

Captain's Log : Star date 15/12/2007

Pessoas na minha casa.

Eu: troquei o nome dos ex namorados, sapateei na cerveja, menti, falei a verdade, exagerei, peguei na mão, fiz biquinho, bebi e borrei a maquiagem. Ganhei presentes que amei. Tirei a roupa, mostrei na webcam (?), apaguei e no dia seguinte antes da ressaca me pegar, já estava novamente com o copo na mão. O que eu posso fazer se essa é a minha noção de felicidade? Alguns fazem tricô, outros escalam montanhas, uns correm atrás de amores impossíveis e ainda há aqueles que adoram bisbilhotar e imitar a vida dos outros por total falta de vida interior. Gente insossa, bege, longe de mim.

A minha noção de felicidade é essa. São poucos amigos que me fazem rir, me enchem o copo, nenhum dinheiro no banco, economias para as minhas viagens, planos que são refeitos de semana em semana, eu e ele. E fim.

Eu e ele e veremos o que o mundo guarda para mim.

E vamos embora.
Porque eu quero muito.
E tenho tudo nas minhas mãos.

sexta-feira, dezembro 14, 2007

Filosofia de vida

::Tatiana diz:
vc vive offline, troço.
r diz:
ai. essa é a minha vontade de sociabilizar. dura quinze minutos, eu envio emails e volto correndo para a minha casca.
::Tatiana diz:
vc tem problemas. temos problemas.
::Tatiana diz:
eu so quero beber e dormir.
r diz:
essa é uma boa vida.

jammed

Estou cansada de ser uma pessoa bagunceira. Prometi que eu não seria mais assim. Eu me esforço. Mas já estou tropeçando em garrafas, roupas, discos e livros. Eu arrumo todas as noites, mas volto. O João reclama porque é organizado. Eu inicio mil tarefas sem terminar nenhuma. Eu me sento aqui, fumo um cigarro, escrevo e bloqueio. Eu me lembro quando conseguia escrever 15 páginas por noite e sentir tudo aquilo que eu escrevia. Agora não acontece mais assim. Estou podando as minhas asas e não gosto disso. Estou me sentindo imprensada num copo de requeijão. Minha mente está completamente fechada para mim mesma

quinta-feira, dezembro 13, 2007

obrigada, chuva.
cansei da minha cara aqui.

quarta-feira, dezembro 12, 2007

happy birthday no one cares

Não se espantem se vocês receberem um email os convidando para o meu aniversário esse ano. Eu não tenho sequer amigos para convidar para o meu aniversário, mas esse ano, dado que o meu espirito Grinch anda demorando a dar as caras, achei que podia ser legal receber pessoas e tomar cervejas e conversar.

É claro que só vão aparecer aqueles que eu farei chantagem emocional, biquinho e que estão sentados a minha direita desde que o mundo é mundo. Queria mesmo era ser rica e mandar todo mundo do Paraná pegar um avião e vir pra cá. BH também. SP. Os cariocas não são meus amigos. Eles não gostam de mim.

Bem, who cares? Eu também não gosto deles.

terça-feira, dezembro 11, 2007

Black Tangled Heart

Eu tenho 25 anos. Daqui há 6 dias avançarei mais um ano. Paro por aqui. Jamais mencionarei a minha idade novamente. Morro de medo de não passar dos 27. Sempre achei que fosse ser assim. Mas a questão é que eu tenho 25 e avançarei mais um ano semana que vem. Se eu avançar dos 27 tenho certeza de que irei até os noventa e sete sentada na minha varanda, cuspindo fumo, tomando rum e apavorando a criançada da vizinhança. Vou ter uma pata gorda como animal de estimação e João ainda para massagear meus pés.

Fui retirada a fórceps. Fui trazida ao mundo antes que as dores do parto tomassem conta de mamãe. As dores viriam depois, 25 anos de puro prazer em ser a minha mãe. Isso não foi uma coisa fácil. De pessoas com problemas-em-controlar-o-temperamento já lhe bastava papai. Mas ela me teve. E me aturou. E me atura. E compra jabuticabas para mim e me obriga a almoçar na casa dela de vez em quando. Ela sabe que se depender de mim eu como queijo e gelatina com cerveja para sempre.

Mas o caso é que eu tenho 25 anos e já passei da fase de ter vergonha das coisas que eu gosto. E vocês sabem que os meus amores tendem a ser eternos. Só não são porque eu não sei perdoar. Não sou boa com perdão. Mas se não houver motivo para perdão carrego meus amores para sempre. Nesse black tangled heart há espaço de sobra. Mesmo que sempre insistam em partir dele. Eu sofro. Mas agüento porque minhas costas são fortes e não se quebram com facilidade.

Mas eu dizia que já passei da fase de sentir vergonha pelas coisas que amo. Já disse publicamente que gosto do George Michael e danço com o for the feet e choro pelo for the heart.

E isso tudo me leva a organização dos meus cds hoje de tarde. Sentada no chão com os cabelos pro alto e chorando sem saber o que fazer com todos aqueles cds e nenhum móvel ou gaveta para entulhar. O João é o cara que tem os cds mais legais do mundo. Uma grande variedade de conhecidos e muitos desconhecidos. Vamos lá, o rapaz já escreveu para uma revista de música e na minha opinião coruja os textos dele eram os mais legais.

Olhando os meus cds encontrei um que vem a ser todo o meu motivo de perda de vergonha na cara.

Silverchair.

Já comentei isso um dia. Acho que já confessei bêbada num quartinho escondido que eu estava no segundo ano da escola quando ouvia Silverchair desesperadamente e achava o Daniel Johns um gatinho lindo. Queria criar apesar de sermos praticamente da mesma idade. Mas eu queria criar. Eu sou uma alemã fajuta, sou italiana. Sou mama. Sou escandalosa e sonhava em ser voluptuosa. Dentro de mim mora essa mulher.

Silverchair sempre foi um amor bandido. Eu não queria que os outros soubessem desse meu amor. Não. Eu era a garota esquisita que ouvia coisas legais e jamais perderia tempo com uma bandinha tão teen, tão cópia, tão boba, sem nada a oferecer.

Pois então.
Silverchair.
Vim desabafar.
E agora por pensar que não tenho mais vergonha, porque já passei dessa idade, vim dizer queouvi a tarde inteira e fiquei cantando todas as canções não-esquecidas lá no fundo da minha memória de elefante que eu me orgulho em ter.

Mas agora, sinto que a vergonha voltou, e eu vou ali lavar o banheiro, tomar cerveja, ouvir Silverchair no escuro e reviver.

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Nothing

Definitivamente não sou uma pessoa da tarde. Eu funciono bem de manhã e bem a noite, mas o horário entre 13 e 17 me mata. Eu estou em casa. Eu preciso ir ali comprar coisas na rua e fazer cópias da minha chave e parar de ir embora e deixar a porta aberta porque a outra cópia desapareceu. Mas o chaveiro é distante e eu não quero caminhar nesse sol. Eu não quero fazer nada nesse sol. Alguém quer?


Tudo o que eu tenho na minha geladeira são três cerejas, queijo e meio biscoto bono.

Depressão.

sábado, dezembro 08, 2007

para ana g.

1º) Pegue um livro próximo (PRÓXIMO, não procure);
2º) Abra-o na página 161;
3º) Procure a 5ª frase completa;
4º) Poste essa frase no seu blog;
5º) Não escolha a melhor frase nem o melhor livro;
6º) Repasse para outros 5 blogs.


"I sat on the couch in the dark still unable to belive what I had seen"



Charles.


Amaldiçôo:

1. Dani.
2. Tati.
3. Deni.
4 e 5: quem mais vem aqui?

para amanda




sexta-feira, dezembro 07, 2007

fico exposta aos meus pensamentos e fico louca.
é bom.
Eu sabia que um dia a gente se arrependeria de ter tantos livros/roupas/cds.

Toureando




Você viu o clipe novo do White Stripes?
Conquest?
É.
Não.
É legal. Jack White é um toureiro que no meio da tourada fica com pena do touro.
E?
Ele acaricia o touro e no fim o touro mata ele.
É uma boa metáfora.
Não é?
Você sabe que está acariciando o touro, não sabe?
Sei.
Bom.

terça-feira, dezembro 04, 2007

here it comes..... you know what

Enlouquecida.
Rangendo os dentes e deixando todo mundo louco.
Toca a campainha e eu corro dentro de casa esbarrando nos móveis e cultivando os hematomas nas coxas. Na boa, não prometa NADA para uma pessoa como eu. Eu sou terrível. Eu pareço criança esperando os convidados no dia do aniversário. Eu fumo mil cigarros, eu rôo as unhas que costumavam ser impecáveis, eu ligo para o João quinze vezes para reclamar. Eu ligo para todo mundo para reclamar. Só fico satisfeita quando toda a minha agenda do celular sabe pelo que eu estou passando. E dá-lhe chá de camomila, água com açúcar, príncipe valium e whisky barato. Nada. Eu checo se o interfone está no gancho mil vezes. Nada. Eu ligo para mim mesma para ver se o celular está dentro da área de cobertura. Nada. Eu puxo assunto com os vizinhos para justificar minha monitoria na varanda.

Grito o nome de qualquer um embaixo da mesa três vezes.
Nada.
Seis horas.

Ele não vem.

Ele me ligou quinze vezes dizendo que vinha.
Ele não veio.

Eu fico puta. Ligo pra companhia xingando toda a geração de entregadores, mando enfiar em qualquer orifício. Sou bem boa em mandar os outros fazerem isso.

Moço, NUNCA prometa para uma pessoa ligada em 220 na tomada da ansiedade e não cumpra. Essas pessoas enlouquecem. Saem da pele. Soltam fogo por qualquer buraco aberto. Qualquer.

Eu estou esperando.
Eles ficaram com medo de mim.
Amanhã às 7 da manhã prometeram.
Preparo a espingarda.
Vou para a porta.
Espero.
Nada.

segunda-feira, dezembro 03, 2007

cianureto

Eu asso o meu bolo com um vidro de fermento e outro de cianureto.